PESQUISANDO O PROFUNDO... , DAS PARTÍCULAS..., AOS OCEANOS
 
 
 
 

Afranio Rubens de Mesquita
 
 

Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo

Departamento de Oceanografia Física
 
 
 

RESUMO




A descrição do "real", tomado como o objetivo central da ciência, é examinada através de exemplos colhidos no campo da física das partículas elementares, na frase Descartiana , "penso, logo existo", no processo de incorporação de idéias em um recém nascido , no processo de construção dos submersíveis, nas etapas do desenvolvimento tecnológico, como o da construção do Batiscafo BATIUSP , no processo de incorporação de idéias pelas "comunidades" e no da sobrevivência da "Vida".
 
 

ABSTRACT



The description of reality, taken as the central objective of Science, is examined from examples chosen in the field of elementary particles , from the Descartess phrase, " I think then I exist", in the processes of incorporation of ideas of a newly born baby , in the process of construction of submersibles, in the stages of tecnological development, as the construction of the Batiscaph "BATIUSP", in the processes of incorporation of ideas by the communities and in the process of the survivel of "life".
 
 
 

... das partículas
 
 

A ciência é notável em descobertas desconcertantes. No campo das partículas elementares, a descoberta do Neutrino é um exemplo significativo. O Neutrino foi proposto pelo Físico Pauli em decorrência do conflito estabelecido para o entendimento do fenômeno de emissão de partículas beta (elétrons) pelo núcleo atômico, descoberto por Curie e Joliot em 1934. As partículas beta eram emitidas pelo núcleo atômico com grande variedade energética, originando uma situação contraditória entre as leis da conservação da energia, da conservação do momento e, na ocasião, a teoria recém-criada para a descrição dos fenômenos de pequena escala na espaço-tempo: a mecânica quântica. A eliminação do conflito produziu, entretanto, Neutrino: uma partícula desprovida de massa e sem carga elétrica, mas portadora de energia e possuidora de SPIN - uma propriedade das partículas elementares de difícil descrição.
 
 

Decorrente destas características, o Neutrino é uma partícula virtualmente indetectável, atravessando as substâncias quase sem deixar vestígios. Um fato que desafiou o pensamento racionalista da época, pois dava a impressão de só existir no pensamento de Pauli. Parodiando a célebre inferência cartesiana - "penso, logo existo" - dizia-se "Pauli pensa, logo o Neutrino existe". Entretanto, o simples fato de pensar pode garantir para Descarte a sua existência, mas não dá formas de garantir que ele próprio seja "real". De igual maneira, a existência do Neutrino, para Pauli ,pode ser uma condição necessária, mas não é suficiente para que ele seja "real". De fato, tudo o que se imagina (se pensa) existe, mas não é, por isso, necessariamente "real".
 
 

O problema central da atividade científica, a descrição do "real", através de uma linguagem adequada (seja o vernáculo, seja a matemática), é de fato um problema do dia-a-dia de todos os indivíduos, desde que se reconheça como condição necessária e suficiente para que qualquer coisa seja "real" a de que ela possa ser descrita por descritores (pessoas que descrevem) de forma igual (ou semelhante) por pelo menos três descritores; uma coisa, um fato ou conhecimento será tão mais "real" quanto maior for o número de pessoas que possam descrevê-lo independentemente de forma igual ou semelhante.
 
 

Por exemplo, o processo da descoberta do Neutrino é semelhante ao descrito por Cláudio, um menino de cinco anos, instado a procurar o "peixe invisível" em um aquário, onde abundavam peixes "visíveis". Munido do princípio da não penetrabilidade da matéria que incorporou e apenas lembrou, ao, por várias vezes, nos seus seis meses de idade, bater a cabeça na parede lateral de seu berço de madeira e descobrir que não podia atravessá-la. Cláudio, após alguma observação e consideração, saiu-se com esta resposta: "Não consigo ver o "peixe invisível", mas sei que está aqui (indicando o aquário) entre esta pedra e esta planta, pois este peixe vermelho e o outro amarelo que eu vejo, quiseram passar por lá e não conseguiram; só pode ser por causa do peixe invisível que estava lá e não deixou que eles passassem".
 
 

O "peixe invisível" será tanto, ou mais "real", se dois outros, ou mais meninos, fizerem uma descrição igual ou semelhante à que foi feita por Cláudio. Para um menino de cinco anos, o descrito não foi nada mau, já que a primeira detecção do Neutrino foi feita, há não muitos anos atrás, através de uma inferência muito semelhante á sua.
 
 

Para atingir seus objetivos, a ciência lança mão daquilo que é, até agora, a essência do seu procedimento: A medida. Grandes laboratórios são construídos para, em condições controladas, descobrir e reproduzir os fenômenos do microcosmo, medindo-se com precisão cada vez maior suas características. Com as medidas, além da descrição qualitativa, (através do vernáculo) é possível descrever o fenômeno quantitativamente (através de modelos matemáticos) e fazer previsões mais exatas do seu comportamento no espaço x tempo.
 
 

O ultrapequeno decaimento beta radiativo do Neutron, previsto por Pauli, pode ser esquematizado na forma:
 
 

neutron ----> próton + elétron + Neutrino




Foi também sugerido, a partir das leis de conservação de energia e de momento e da teoria quântica, o decaimento beta radiativo inverso. Neste decaimento, o Neutrino interage com, por exemplo, o núcleo do átomo de Hidrogênio, convertendo o Próton em Neutron e liberando um Elétron positivo. Esta antipartícula do Elétron, de mesma massa e carga elétrica positiva, é chamada de Pósitron e é criada pela transformação dos raios gama (fótons de alta energia) em Elétrons e Pósitrons. O decaimento inverso aparece na forma:
 
 

Neutrino + próton ------> neutron + pósitron.






Após a interação, o Pósitron se une ao Elétron do átomo de Hidrogênio em transformação inversa, produzindo radiação gama:
 
 

pósitron + elétron ------> dois fótons (raios gama),




onde os Fótons são passíveis de detecção em uma câmara de cintilação.

Por outro lado, o Neutron pode ser absorvido pelo núcleo do átomo de Cádmio, também produzindo emissões de raios gama facilmente detectáveis em câmara de cintilação.
 
 

O reator atômico, reproduzindo as interações de Irene Curie e Frederic Joliot, pode gerar em cada instante enormes quantidades de Neutrinos, que atravessam suas paredes e, atingindo o ambiente, passam ao espaço sideral sem que sejam obstados. Neutrinos também são gerados em grandes quantidades pelo Sol e pelas estrelas supernovas, durante o processo de síntese dos elementos, e se espalham sem serem detectados pelo universo a fora.
 
 

Colocando-se próximo ao reator nuclear um contador de cintilações com Tolueno (fonte de Prótons) e Cádmio (absorvedor de Neutrons), se os Neutrinos forem reais e não apenas existentes porque Pauli pensa, deverão ocorrer duplas cintilações, separadas por milionésimos de segundo a cada vez que a reação inversa do decaimento radiativo beta ocorrer.
 
 

As duplas cintilações, de fato, apesar de bastante infreqüentes (algumas durante várias horas), ocorrem e foram descritas, de forma semelhante, por vários pesquisadores de diferentes laboratórios e em várias circunstâncias, constatando-se dessa forma, segundo os critérios estabelecidos, a sua "realidade".
 
 

Da "realidade" das cintilações duplas, os Físicos do século XX, munidos das leis de conservação e da teoria quântica, concluíram que, se ocorrem duplas cintilações, só pode ser por causa dos Neutrinos produzidos no reator atômico, que deram origem ao decaimento beta inverso na câmara de cintilações...!
 
 

Assim, o Neutrino de Pauli, tal como o "peixe invisível" de Cláudio, será tão mais "real" quanto mais físicos e meninos (em cada caso) descreverem os processos que observaram independentemente de forma igual ou semelhante...!
 
 
 
 

...aos Oceanos

Nos oceanos, o problema central das pesquisas também é o de descrever o "real". As escalas de medida envolvidas são outras e são bem maiores do que as utilizadas na procura das partículas elementares. Os oceanos evoluem ao longo do tempo, enquanto que as partículas elementares - ao que se sabe estão em constante movimento, mas permanecem se transformando sem contudo evoluírem. Os oceanos se movem devido à energia fornecida pelo sol. As partículas não dependem desta energia para se movimentarem, muito embora seus movimentos possam ser afetados por ela. As leis de conservação ainda são aplicadas em comum, mas para os oceanos a mecânica utilizada é a dos fluídos, enquanto que a das partículas é a mecânica quântica.
 
 

O universo, as galáxias, os planetas, a Terra e os organismos evoluem, as partículas (ao

que se sabe) não. Elas participam de todos os processos evolutivos, mas são permanentes, imutáveis. Como sempre existiram, não tem história, são sempre a expressão do presente. E não têm futuro: associadas aos campos (gravitacional, nuclear e eletromagnético etc.) com os quais estão associadas permanentemente, simplesmente são.
 
 

O fundo dos oceanos guarda muita informação a respeito da evolução do nosso Planeta e sua realidade tem estimulado, desde os primórdios da humanidade, as pesquisas de pessoas de grande inventividade e espírito que conduziram aos atuais e incríveis submersíveis de pesquisa.
 
 
 
 

....submersíveis

A história dos submersíveis não é bem conhecida, mas se sabe que ela segue os passos gerais da maioria dos desenvolvimentos tecnológicos da humanidade. Primeiro, houve a exploração pelo homem do fundo dos oceanos, através de mergulhos sem o auxílio de equipamento, o que limitava a profundidade máxima que poderia ser alcançada em cada mergulho. Em uma segunda fase , houve o desenvolvimento de artefatos: o homem se "encapsulou" em veículos que permitiam a exploração dos fundos por pequenos intervalos de tempo, com alguma mobilidade e maior alcance. A utilização pelo homem do novo veículo para matar seu semelhante e causar destruição corresponde à terceira fase e permitiu grandes avanços tecnológicos: grandes tripulações puderam ser "encapsuladas" por longos períodos e transportadas em maiores profundidades e a maiores velocidades. O resultado destes avanços permitiu, na quarta fase e na atual, que os veículos menores batiscafos, batisferas e os chamados submersíveis (opondo-se a submarinos) , tripulados ou acionados por controle remoto, pudessem explorar os oceanos com mais detalhe e grande autonomia de trabalho.
 
 

Ao que se sabe, a primeira fase começou há milhares de anos com os mergulhadores em busca de pérolas marinhas, coleta de esponjas, recuperação de valores em navios afundados e outros fins, sem a ajuda de instrumentos. Registros em baixo relevo e desenhos que datam de 480 Ac. indicam a ocorrência da segunda fase na Antigüidade: mergulhadores assírios são representados em ação usando peles de animais infladas com ar ao redor do tórax e estômago e com tubo de ar com um respiradouro preso à boca. Muito antes, entretanto, Alexandre da Macedônia (300ac.) teria sido primeiro imperador a mergulhar num barril de vidro para admirar o mundo submarino. Cerca de 100 anos antes, registros devidos a Aristóteles indicam o desenvolvimento do primeiro artefato de mergulho: um "sino" feito de madeira e mantido abaixo da superfície por meio de pedras.
 
 

Os registros de novos desenvolvimentos mantiveram-se "mudos" durante os mil anos seguintes, até 1620, quando se iniciou a terceira fase do desenvolvimento dos submersíveis: Cornelius Brebel teria usado um submarino com o rei James I da Inglaterra à bordo, durante várias horas, no rio Tâmisa, à profundidade de doze a quinze metros.
 
 

Nomes ilustres da ciência e da tecnologia, como os de Edmund Halley o mesmo do "cometa Halley" e da definição dos meridianos terrestres e Robert Fulton inventor da máquina a vapor, contribuíram à segunda e terceira fases, respectivamente, do desenvolvimento dos artefatos de mergulho. Halley desenvolveu o primeiro "sino de mergulho" com visores de vidro com possibilidades de substituir o ar interior e chegou a permanecer à profundidade de vinte metros com cinco mergulhadores durante duas horas. Fulton, no início do século XIX, construiu os submarinos Nautilus e Mute com objetivos militares para Napoleão Bonaparte e para os Ingleses. O início das aplicações bélicas dos submersíveis, no entanto, pode ser atribuído a David Buchenell, que em 1776 construiu um pequeno submarino de madeira, o Turtle, com intenções de atacar minas e afundar os navios Ingleses (tendo afundado um). Em 1856, foi construído um submarino com características próximas às modernas por Bauer, tendo tripulação de onze homens, propulsão independente e autonomia de sete horas. O Argonaut First construído por Simon Lake no início da década de 1890 tinha motor a gasolina, com respiradouro na superfície através de tubos presos a uma bóia de superfície e tanques de água recarregáveis para submersão/imersão e é considerado o primeiro submarino construído dentro da concepção atual.
 
 
 
 

... Batiscafos

Submarinos originados da linha Argonaut First sofreram consideráveis desenvolvimentos durante a primeira Guerra Mundial e se tornaram elementos importantes para o início da quarta fase. Em 1930 foi lançada, até a profundidade de 300 metros, a Bathysphere de William Beebe, uma espécie de submersível cativo (esfera), iniciador da fase atual, que chegou aproximadamente 100 metros de profundidade em 1934. Beebe era um biólogo que usava sua Batisfera em suas pesquisas sobre a vida marinha: era mais um usuário do que um desenvolvedor do instrumento. Suas proezas, no entanto, chamaram a atenção de August Piccard, um Físico interessado em raios cósmicos e que para isso desenvolveu um balão estratosférico para suas pesquisas. Os progressos de Piccard, das altas estratosferas para as grandes profundidades, só foram interrompidos pela segunda Guerra Mundial à cerca de 40 anos atrás. Durante este período, um oficial da marinha francesa chamado Jacques Costeau produziu a primeira válvula reguladora da demanda de ar de mergulho livre com "aqualungs", o que revolucionou o campo dos mergulhos de natureza recreacional, de obras de engenharia costeira e outros. Depois da guerra, que demonstrou mais uma vez o poder de destruição e matança dos artefatos submarinos Piccard obteve vários auxílios do Governo Francês, que lhe permitiram a construção dos batiscafos FNRS-2 e FNRS-3 e descer à profundidade de 4500 metros em junho de 1954, no mar Mediterrâneo.
 
 

Com seu filho Jacques Piccard, Auguste conseguiu auxílio do Governo Suíço e da indústria Italiana para projetar e construir o batiscafo Trieste que, comprado e aperfeiçoado pela Marinha Americana, lhe permitiu em 23 de junho de 1960 atingir a maior profundidade oceânica (cerca de doze mil metros) nas fossas das Marianas.
 
 

Com estas magníficas conquistas, estava solidamente estabelecida a quarta fase do desenvolvimento dos submersíveis que, desde então, se multiplicaram ao redor do globo desenvolvido, com propósitos e desenvolvimentos tecnológicos dos mais variados. Ver Apêndices I e II.
 
 

... o BATIUSP
 
 

O BATIUSP ao que se sabe, o primeiro desenvolvimento de artefatos de mergulho dos países em desenvolvimento se deu durante o First GARP Experiment (FGGE - Primeira experiência Global do GARP - Global Atmospheric Research Programme) em 1979, que teve como objetivo recuperar dados científicos relativos às marés oceânicas, nos rochedos de São Pedro e São Paulo, Atlântico Equatorial, perdidos à profundidade de cem metros. Deste programa internacional participaram os navios oceanográficos "Prof. W. Besnard" da USP e "Almte Saldanha" e "Almte Câmara", da Marinha Brasileira.
 
 

Durante a recuperação do marégrafo (medidor das oscilações do nível do mar devido às marés), a bóia que sinalizava a posição do equipamento, depositado no fundo do mar cerca de três meses antes, soltou-se, deixando irrecuperáveis o marégrafo e preciosos dados para o conhecimento da circulação oceânica equatorial. Tal conhecimento é de significativa importância para o entendimento do clima do Norte e Nordeste brasileiros. Na impossibilidade de mergulho livre com os "aqualungs" de Costeau, pois as águas locais são infestadas por tubarões, aliado ao longo tempo previsto para o mergulho e tendo em vista os altos custos operacionais de mergulhadores e câmaras de descompressão, a idéia de construção de um batiscafo para a recuperação dos dados surgiu, floresceu e foi aprovada nos testes realizados.
 
 

O BATIUSP, projetado pelos Físicos Paulo Mancuso Tupinambá e José Mário Conceição de Souza, foi construído pela industria paulista, pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas e pelo Instituto Oceanográfico da USP, sendo financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e pelo BANESPA.
 
 

O BATIUSP foi construído em aço inoxidável, com forma cilíndrica, tampos rebordeados, dois visores de acrílico, respiração em circuito fechado com filtro em dióxido de carbono (CO2), manômetro regulador de pressão interna, sistema telefônico para comunicação com a superfície através de cabo eletromecânico de sustentação, autonomia de quatro horas de operação a uma profundidade máxima de 100 metros, lastro de chumbo com liberação interna que permite que o batiscafo retorne livremente à superfície em caso de emergência, operação através de pau-de-carga, e foi projetado para um operador, (um mergulhador).
 
 

Os testes do BATIUSP foram realizados, com o "NOc. Prof. W. Besnard" da USP, nos dias 24 e 25 de novembro de 1979, na plataforma do Estado de São Paulo, até a profundidade de 200 metros sem operador, e nas proximidades da ilha de Alcatrazes, até a profundidade de 30 metros, durante duas horas, com o operador. Foram realizados testes de soltura do lastro para recuperação de emergência, sistema de comunicação, eficiência do observador de CO2 , operacionalidade a bordo com o pau-de-carga, sendo todos considerados satisfatórios.
 
 

O BATIUSP é um batiscafo que incorpora muitos desenvolvimentos tecnológicos dos grandes Batiscafos e segue o conhecido perfil histórico que permite ao mundo subdesenvolvido queimar etapas ( a segunda e terceira fases), colocando-se na quarta fase da história dos artefatos submersíveis, sem pagar ônus das incertezas e fracassos que intermearam os desenvolvimentos tecnológicos pioneiros.
 
 

... a queima de etapas
 
 

Tal queima de etapas, entretanto, parece ser quimérica. Os sentimentos de preservação da vida por exemplo, dos quais resultam os anseios de "paz global", são inerentes à crença de que é possível determinar (manipular) o destino coletivo. Tal crença é contraditada pelos exemplos do dia-a-dia em que as pessoas são obrigadas a nascer, procriar, descrever, pensar e.... morrer sem que possam autodeterminar o processo. A queima de etapas, a julgar por estes exemplos, é pois ainda impossível de alcançar, pois está aparentemente associada a dinâmica da qual não se tem o comando, muito embora seja bastante agradável pensar que não é bem assim.
 
 

O BATIUSP não pode ser utilizado nos Rochedos de São Pedro e São Paulo em virtude de condições de mar inadequadas, durante o período de operação do "Prof. W. Besnard" na área. Assim, os dados que se pretendia recuperar foram considerados perdidos. No momento, ele se encontra no IOUSP, onde está a visitação Pública. Resultaram dos esforços realizados no seu desenvolvimento, conhecimentos que são utilizados atualmente por firma do Rio de Janeiro na construção de vários veículos submersíveis, incluindo um mini-robot submarino que foi como beneficiária direta a pesquisa e prospecção de petróleo realizada pela PETROBRÁS na plataforma continental.
 
 

De acordo com contrato entre a CONSUB (Consultoria Submarina Ltda) e a PETROBRÁS, foi construido a USAR (Unidade Submarina de Ativação Remota) planejada para operar até profundidade de 1100 metros, que permitiu a inspeção indireta das plataformas de Petróleo "off-shore", através de vídeo, bem como efetuar medidas diretas dos efeitos da corrosão e outras operações.
 
 

Outro projeto, envolveu a construção do Mergus, um veículo para um operador, pesando cerca de 700 Kg, construído em alumínio, que permitiu a inspeção direta das construções e trabalhos submarinos até a profundidade de 500 metros. Aliado ao seu baixo peso, seu baixo custo previsto coloca ao alcance das universidades, pequenas firmas e mesmo esportistas qualificados a possibilidade de pesquisar, explorar o fundo do mar de toda a plataforma continental brasileira, até antes nunca sonhada e permitindo, entre outras coisas, a efetiva exploração e ocupação do mar territorial brasileiro, na sua zona econômica exclusiva até 200 milhas náuticas da borda continental.
 
 

Em plena quarta fase dos submersíveis, os organismos e instituições de pesquisa nacionais poderão utilizá-los em variada gama de aplicações na Biologia Marinha, na Oceanografia Biológica, na Geologia Marinha e outras, possibilitando uma rápida e precisa descrição do "real" da plataforma continental abrangida pelo mar territorial Brasileiro. Ver Apêndices I e II.
 
 

...finalizando
 
 

Ao nível da comunidade nacional, não há porque ser omitida deliberadamente do processo de construção, a terceira fase do desenvolvimento dos artefatos submarinos,. Tal como, no plano individual, Cláudio, dolorosamente incorporou o conceito de não penetrabilidade da matéria, batendo com a cabeça na madeira do berço e o usou, juntamente com o conceito de causa e efeito, que incorporou em alguma outra ocasião, para descrever a "realidade" do "peixe invisível"; tal como no caso de Pauli, que incorporou as leis de conservação e as usou com a teoria quântica para descrever a "realidade" do Neutrino; no plano coletivo, as comunidades parecem ter desenvolvido forma de incorporação coletiva de conceitos, através da descrição do "Real", que delimitam sua identidade e, sem os quais elas parecem, desaparecem ..., por descreverem a realidade (o "Real", como foi adotado, é conceito do coletivo , pertence ao coletivo, com "média", "distribuição" e "variância", avaliadas através de descrições individuais próprias), de forma incompatível com a preservação de sua unidade.
 
 

As "comunidades" dependem para sua sobrevivência, da exata descrição da "realidade". Se sobrevivem, ao longo do tempo é porque a "realidade" é, pelo menos nesse tempo, única. Dessa forma, sendo única, é desprovido de sentido não se seguir as fases do processo que levam à descrição de uma "realidade", que se supõe única, pois elas fazem parte, de um processo inexorável do qual não se tem o comando.
 
 

Formas distintas de descrição da mesma "realidade" e uma aparente necessidade "cósmica " (na falta de outra palavra para descrevê-la ) interna de defendê-la e mesmo de impô-la, levam ao morticínio das Guerras entre "comunidades", o que é certamente incompreensível. Nas guerras, deve ser realçado, desta, ou de outra forma, a "Vida" tem sido sempre a única sobrevivente, pois, com o auxílio dos indivíduos ela tem sido transferida, de geração a geração, através de meios dos quais também não se tem o comando.
 
 

Meios de que também não se tem o comando são os que permitem definir média, distribuição e variância do "real" por uma "comunidade". Essas são variáveis da realidade , inerentes à descrição do "real" pelas comunidades. Decorrem dessas descrições os conflitos dos quais, nas comunidades, apenas a "Vida" tem sobrevivido. Uma conjectura que, em decorrência pode ser feita, é a de que, até os dias de hoje, parece ser de interesse da "sobrevivência" da "Vida" que as "comunidades" não se encontrem na exata descrição da realidade.
 
 

Deste exâme, terminamos com o reconhecimento de algo como, a "aparente necessidade cósmica" de defender a descrição do "real", por parte dos indivíduos e das comunidades, acima referidas, que será abordada em uma outra ocasião.
 



 

Agradecimentos:

Ao Professor Doutor Kamal, A. R. Ismail da Unicamp pela consultoria prestada. A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Ao banco Banespa e ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) que financiaram a construção do equipamento e FAPESP pelo apoio dado no Cruzeiro do Noc. Prof W. Besnard aos Rochedos de São Pedro e São Paulo no Atlantico Equatorial.



 

Bibliografia
 
 

1. Submersibles and their use in Oceanography and ocean engineering (1977) - Elsevier Oceanography Series, Ed Richard A Geyer, Amsterdam, 383p.
 
 

2. Manned Submersibles (1976) - R. Frank Busby, Office of the Oceanographer of the Navy, USA Navy, 76p.
 
 

3. Batiusp, construção e testes (1980) - não publicado. - Biblioteca do Instituto Oceanográfico da USP , cp 9075, São Paulo, SP, 43p.
 
 

  1. Mini-sub and RCVs (1987). Ocean Industry, USA, April, 206p.



APÊNDICE I
 
 

Usos dos batiscafos e submersíveis em Oceanografia
 
 

usos biológicos:
 
 

Zonação lateral e vertical de recifes com grande detalhamento dos eventos da comunidade biológica, possibilitando uma descrição precisa da composição da fauna de zonas toxonômicas específicas. Espécies selecionadas podem ser coletadas com o objetivo de confirmação da identificação ou porque se deseja preservar um elemento representativo da espécie.

Pode ser realizado um estudo "in situ" da distribuição para estudos taxinômicos; determinar o movimento dos organismos bentônicos na velocidade de deslocamento; estudar com detalhe a resposta dos organismos às mudanças das correntes; padrões de sedimentos bem como variações sazonais de temperatura e salinidade. Estudar a fauna associada às áreas polares das regiões polares. Fazer estudos sobre bioluminicência e muitos outros que a experiência particular de cada grupo de pesquisa sugerir.
 
 

pesca:
 
 

Coleta de coral preto e vermelho até profundidade de 330 metros; identificação e exploração de espécies de peixes a profundidade de 700 a 1000 metros, onde a penetração de luz solar é praticamente nula; identificação e exploração de espécies de caranguejos a profundidade maiores do 200 metros. Determinação dos locais de habitação e migração dos camarões e lagostas de mar profundo. Lançamento de redes para captura. Estudos da cadeia alimentar dos organismos nectônicos de mar profundo. Detecção de cadurmes sem deslocamento e transmitir sua posição, velocidade de deslocamento, tamanho, espécie etc. aos barcos de captura. Identificação e escolha de áreas para melhor realização de arrastos.
 
 

usos em geologia:
 
 

Na descrição das características do fundo do mar, "canions" submarinos, marcas de superfície dos sedimentos, recifes etc. no estudo dos processos dinâmicos próximos ao fundo; correntes de turbidez; sedimentos em suspensão; ondas de areia; medidas de fluxo de calor; água de sedimentos; macro e micro batimetria; coleta e estudos da distribuição de nódulos de manganês; distribuição, características e classificação de fluxos de lavras; efeitos das correntes de marés na erosão e formação dos "canions" submarinos; hidro-carbonetos de ocorrência natural; recifes.
 
 

usos em geofísica:
 
 

Na colaboração dos estudos sísmicos de mar profundo; na exploração do óleo e gás das plataformas continentais; na deposição e usos de instrumentos Geofísico; gravímetros, magnetômetros, etc.
 
 
 
 

usos em física:
 
 

Nos estudos da camada de fundo associados ao fenômeno das marés e das correntes de marés. Lançamento de correntômetros, marégrafos etc.
 
 

usos em química:
 
 

Na amostragem dos sedimentos de fundo na zona de transição entre a base da coluna dágua e os sedimentos não consolidados. Estudos de poluentes. Nódulos de manganês etc.
 
 

... usos em engenharia oceânica:
 
 

No monitoramento e inspeção de oleodutos e cabos de comunicações. Reparos e manutenção de equipamentos submersos. Minas submarinas, construção e operação. Estudos geotectônicos dos sedimentos submarinos.
 
 

... usos em salvamento:
 
 

Nos campos oceânicos de produção de petróleo; de navios afundados; de aviões e outros veículos. Recuperação de bomba atômica etc.

 
 
 
 

APÊNDICE II
 
 

Veículos submersíveis até 1979
 
 

 

MODELO

CONSTRUTOR

PROPRIETÁRIO

ANO DE

LANCA

MENTO

PROFUN

DIDADE

TRIPULAÇÃO

STATUS

Aluminaut

Gen. Dynamics

Groton, conn.

Reynolds Intern.

Richmond, Va.

1964

5.000

6

Inativo

Alvin

General Mills Inc 

Marinha USA

1964

3.900

3

Operacional

Aquarius I 

HYCO ndash; Vancouver, B.C.

PO Intersubs

1973

396

3

Operacional

Archimede

Marinha Francesa

Marinha Francesa Toulon

1961

12.000

3

Operacional

Asherah

Gen. Dynamics

Groton, conn.

Technoceans

New York city

1964

198

2

Inativo

Auguste Piccard

Giovanola Bros.

Monthey, Switzerland

Horton Maritime Expl.

Vancouver, B.C.

1963

825

45

Operacional

BATIUSP 

IOUSP, Brasil

Univerdidade de São Paulo

1979

200

1

Destivado

Beaver

North Amer., Rockewell, Sea Beach, Ca

International Underwater Contractors, N.Y. 

1968

660

4

Operacional

Ben Franklin

Giovanola Bros.

Monthey, Switzerland

Horton Maritime Expl.

Vancouver, B.C.

1968

660

6

Fora de uso

Benthos V

Lear Siegler, Inc

Deep River Conn 

Garrison 8 Divers Seattle Wash

1963

198

2

Fora de uso

Chihiro

Kawasaki Heavy Ind. Tokio

Governo Japones

1975

54

6

Experimental


 

Deep Diver

Perry Submarine

Rivera Beach Fla 

Marine Sciences Ctr. 

Ft.Pierce, Fla.

1968

455

4

Em exposição

Deep Jeep

U.S. Naval Ord. Test Sta.

China Lake, Ca.

Scripps Inst. Ocean

La Jolla, Ca.

1964

660

2

Desmontado

Deep Quest

Lockheed Missiles Space Corp.

Sunnyvale, Ca.

Lockheed Missiles

Space Corp.

Sunnyvale, Ca.

1967

2.640

4

Operacional

Deepstar 2000

Westinghouse Elec. Corp.

Westinghouse Ocn. 

Res. Eng. Ctr. Annapolis, Md

1969

660 

3

Fora de uso

Deepstar 4000

Westinghouse Elec. Corp.

COMEX

Marseilles

1965

1.320

3

Operacional

Deep view

Marinha USA

Marinha USA


 

1971

660

2

Operacional

DOWB 

Gen. Mtrs. Corp.

Sta Barbara, Ca.

Friendship, S.A.

Miami, Fla.

1968 

1.485

3

Operacional

DSRV 12

Lockheed Missiles Space Corp.

Sunnyvale Ca.

Marinha USA

1970

1971

1.155

1.650

27

Operacional

FNRS-2

Auguste Piccard

Lausenne, Switz.

Marinha Francesa

1948

4.455

2

Fora de uso

FNRS-3

Marinha Francesa

-

1953

4.500

2

Reconfigurado p/ Fnrs 2 até 1960

GLOUBE

COMEX Marseilles


 

-

200

-

Operacional

GOLDFISH

Burt Dickman

Auburn, Ind

Desconhecido

1958

33

5

Desconhecido

GRIFFON

French Naval  

Constrution Yard Brest

Marinha francesa

1973

650

3

-

GUPPY 

Sun Shipbuilding

Dry Dock Co.

chester, Pa.

Sun Shipbuilding

Dry Dock Co.

chester, Pa.

1970

330

2

Inativo

HAKUGEI

HEIWA Kosakusho

Osaka, Japan

Tokai Salunge Co.

Toba, Japan

1961

200

6

Inativo

HAKUYO

Kawasaki Heavy

Ind.

Tokio

Sumimoto Shoji Kaisha, LTDA

Tokio

1971

310

4

Operacional

HIKINO

U.S. Naval Weapons Center

China Lake, Ca.

U.S. Naval Weapons Center

China Lake, Ca.

1966

7

2

Não operando

Experimental

HUMUKAHI

Oceanic Institute

Makapuu, Hawaii

Oceanic Institute

Waimanalo, Hawaii

1969

90

2

Em exposição

KUROSHIO I

Japan Steel Tube Corp.

Tokyo

Univ. of Hokkaido

Hokkaido, Japan

1951

114

3

Aposentado

KUROSHIO II

Japan Steel Tube Corp.

Tokyo

Univ. of Hokkaido

Hokkaido, Japan

1960

214

4

Não operando

MAKAKAI

U.S. Navy

Marinha USA

1971

198

2

Não operando

MERMAID I/II

Bruker-Physik, A.G. Karlsruhue, West Ger.

International Underwater Contractors N.Y. 

1972

324

2

Operacional

MERMAID III/IV

Bruker-Physik, A.G. Karlsruhue, West Ger.

Bruker-Physik, A.G. Karlsruhue, West Ger.

1974

200

2

-

MINI DRIVER

Great Lakes Unverwater Same Sports

Elmwood Park, III

-

1968

82

2

Não operando

MOANA I

-

COMEX

Marseilles

-

435

-

Operacional

MOANA II

-

COMEX

Marseilles

-

435

-

Operacional

NAUTILETTE

Nautillete Inc.

Ft. Wayne, Ind

Mr.D.Haight

Warrensville, III

Ca. 1964

33

1

Operacional

NAUTILETTE

Nautillete Inc.

Ft. Wayne, Ind

Nautilette Inc. Mr.C. Russner

Nashiville, Mich

Ca. 1964

33

2

Operacional

NEKTON A,B,C

Nekton, Inc.

San Diego, Ca.

Gen.Oceanographics

San Diego, Ca.

1968/70/71

330

2

Operacional

MEMO

Marinha Americana

Marinha USA

1970

198

2

Operacional

NEREID 330

Neired nv. Schie-

dmam, Holland

Dutch Submarine Services Amsterdam

1972

100

3

Operacional

NEREID 730

Neired nv. Schie-

dmam, Holland

Dutch Submarine Services Amsterdam

-

231

4

Operacional

NR-1

Gen. Dyn. Corp.

Groton, Conn.

Marinha USA

1969

-

7

Operacional

OPSUB

Perry Sub. 

Builders Riviera

Beach, Fla

Ocean Sys.,Inc.

Reston, Va.

1972

660

2

Inativo

PAULO I

Anautics Inc.

San Diego, Ca.

SAME

1967

198

2

Transformado

PC3-A

(12)

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Força Aérea USA

Marinha USA

1964

1966

99

2

Fora de uso

PC3-B
(tech diver)

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

International Under- water Contractors ndash; NYC, New York

1963

198

2

Fora de uso

PC3-X

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Univ. of Texas

Austin, Tx.

1962

50

2

Operacional


 

PC5-C

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Sub Sea Oil Services

SPA ndash; Milão Italia

1968

396

3

Operacional

PC8-B

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Northern Offshore

Ltd - Londres

1971

204

2

Operacional

PC-1201

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Northern Offshore

Ltd - Londres

1975

330

2

Operacional

PC-1202

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Northern Offshore

Ltd - Londres

1975

330

5

Operacional

PC-1401

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Texas A M Univ.

College Station Tx.

1974

396

2

Operacional

PC-1402

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Mrinha ndash; USA

1975

396

2

Operacional

PHOENIX 66

Sub Sea Oil ndash; Services - SPA

Milão ndash; Itália

-

-

396

2

Desconhecido

PISCES I

HYCO
Vancouver, B.C.

Vickers Oceanics Ltda ndash; Barrow-

Furness, Eng.

1965

396

2

Operacional

PISCES II

HYCO
Vancouver, B.C.

Vickers Oceanics Ltda ndash; Barrow-

Furness, Eng.

1968

850

3

Operacional

PISCES III

HYCO
Vancouver, B.C.

Vickers Oceanics Ltda ndash; Barrow-

Furness, Eng.

1969

1188

3

Operacional

PISCES IV

HYCO
Vancouver, B.C.

Dept of Environment

Victoria, B.C.

1971

-

3

Operacional

PISCES V

HYCO
Vancouver, B.C.

P O Enviranment

Vancouver, B.C.

1973

1145

3

Operacional

PISCES VI

HYCO
Vancouver, B.C.

Acad. Ciências

Vancouver, B.C.

 

1975

2145

3

Operacional

PISCES VII

HYCO
Vancouver, B.C.

Acad. Ciências

Vancouver, B.C.

-

2145

3

Operacional

PISCES VIII

HYCO
Vancouver, B.C.

Vickers Oceanics Ltda ndash; Barrow-

Furness, Eng.

-

2145

3

Operacional

PISCES X

HYCO
Vancouver, B.C.

HYCO Subsea, Ltd.

Vancouver, B.C.

-

2145

3

Operacional

PISCES XI

HYCO
Vancouver, B.C.

Vickers Oceanics Ltda ndash; Barrow-

Furness, Eng.

-

2145

3

Operacional

PS-2

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Sub Sea Oil Services

SPA ndash; Milão Italia

1972

338

2

Operacional

QUESTER 1

Deep Sea Techniques

Brooklyn ndash; NY

SAME

1972

214

2

Inativo


 

SDL-1

HYCO
Vancouver, B.C.

Canadian Forces

Halifax ndash; N. Scotia

1970

660

6

Operacional

SEA CLIFF

Gen. Dynamics

Groton, Conn.

Marinha USA

1968

2145

3

Operacional

SEA EXPLORER

Sea Line Inc.

Brier, Wash

-

-

198

2

-

SEA OTTER

Anautics Inc.

San Diego, Ca

Candive Ltd.

Vancouver, B.C.

1971

495

3

Operacional

SEA RANGER

Verne Enginee- ring Mt. Clemens Mich

-

1972

198

4

Operacional

SEA RAY

Submarine Res. Dev. Corp.

Lynnwood Wash

-

1968

330

2

Operacional

SHELF DIVER

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Desconhecido

1968

264

4

Operacional

SHINKAI

Kawasaki Heavy

Ind. ndash; Kobe, Jp.

Agência Japonesa Marítima ndash; Ag. de Segurança, Tohio, Jp

1968

641

4

Operacional


 

SNOOPER

Sea Graphics Inc.

Torrance, Ca.

1969

330

2

Operacioanl

SP-350

Office Francais Recherches Sous Marine Marseilles

Campagnes Oceano-

Graphique Francaises (COF)

Monaco

1959

445

2

Operacional

SP-500

Sud Aviation Franca

COF - Monaco

1969

541

1

-

SP-3000

Centre IEstudes

Marine Avancees

(CEMA) Marseilles

CNEXO

Paris

1970

3327

3

Operacional

SPORTS-MAN 300

American Sub. Co.

Lorain, Ohio

Vários

1961

99

2

Desconhecido

SPORTS-MAN 600

American Sub. Co.

Lorain, Ohio

 

Vários

1963

198

2

Desconhecido

STAR I

Gen. Dynamics

Groton, Conn

Phila Maritime Mues

Phila Pa.

1963

66

1

Em Exposição

STAR I I

Gen. Dynamics

Groton, Conn

1966

396

2

Operacional

STAR I I I

Gen. Dynamics

Groton, Conn

Scripps Inst. Of Oceanog Lajolla Ca.

1966

660

2

Fora de uso

SUB-MANAUT

(Helle)

Helle Engineering

San Diego

-

1963

66

2

Fora de uso

SUB-MANAUT

(Martine)

Martines Diving Bells

San Diego, Ca.

Submarine Services

Coral Gables, Fla.

1956

198

6

Fora de uso

TADPOLE-1

Mitsui Shipbuil-

Ding Engineering Co. Ltd ndash; Tokyo Jp

Mitsui Ocn. Development Engineering Co. Ltd ndash; Tokyo Jp

1972

108

2

Inativo

TOKAI

Heiwa Kosakusho

Osaka, Jp

Toba ndash; Japão

1954

216

2

Inativo

TOURS 64

Maschinenbau Gabler GmbH West Germany

Kuofeng Ocean Dev. Corp.

Taipei, Taiwan

1971

324

2

Operacional

TOURS 66

Maschinenbau Gabler GmbH West Germany

Sarda Estracione Lavorazione Gagliari, Sardinia

1972

324

2

Operacional

TRIESTE I

Auguste Piccard

Trieste, Itália

Marinha USA

1953

11880

3

Em Exposição

TRIESTE II

Mare Island Shipyard ndash;

Mare Island, Ca.

Marinha USA

1964

6600

3

Operacional

TS-1 

(SURVEY SUB 1)

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

P O Subsea (UK)

Ltda ndash; London.

1970

-

3

Operacional

TURTLE

Gen. Dynamics

Groton, Conn.

Marinha USA

1968

445

3

Operacional

URF

Kockums

Malmo, Sweden

Marinha Sueca

-

498

25

Desconhecido

UZUSHIO

Nippon Kokankk

Tokyo

Marinha Sueca

1973

217

2

Inativo

VASSENA
LECCO

Mr. G. Vassena

Torino, Itália

Marinha Sueca

1948

440

2

Afundou

VIPER FISH

Mr. Don Taylor

Atlanta, Ga.

Marinha Sueca

1969

330

2

Desconhecido

VOL-L 1

Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla.

Vickers Oceanics Ltd.

Barrow-Furnee

1973

396

4

Operacional

YOMIURI

Mitsubishi Heavy Ind.

Kobe, Jp

Yomiuri Shimbu 

News-paper

Tokyo

1964

320

6

Desativado




Figura 1


Figura 2


Figura 3