PESQUISANDO
O PROFUNDO... , DAS PARTÍCULAS..., AOS OCEANOS
Afranio Rubens de
Mesquita
Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo
Departamento de
Oceanografia Física
RESUMO
A
descrição do "real", tomado como o
objetivo central da ciência, é examinada através
de exemplos colhidos no campo da física das partículas
elementares, na frase Descartiana , "penso, logo
existo", no processo de incorporação de
idéias em um recém nascido , no processo de construção
dos submersíveis, nas etapas do desenvolvimento tecnológico,
como o da construção do Batiscafo BATIUSP , no processo
de incorporação de idéias pelas
"comunidades" e no da sobrevivência da
"Vida".
ABSTRACT
The
description of reality, taken as the central objective of Science, is
examined from examples chosen in the field of elementary particles ,
from the Descartess phrase, " I think then I
exist", in the processes of incorporation of ideas of a
newly born baby , in the process of construction of submersibles, in
the stages of tecnological development, as the construction of the
Batiscaph "BATIUSP", in the processes of
incorporation of ideas by the communities and in the process of the
survivel of "life".
... das
partículas
A
ciência é notável em descobertas desconcertantes.
No campo das partículas elementares, a descoberta do Neutrino
é um exemplo significativo. O Neutrino foi proposto pelo
Físico Pauli em decorrência do conflito estabelecido
para o entendimento do fenômeno de emissão de partículas
beta (elétrons) pelo núcleo atômico, descoberto
por Curie e Joliot em 1934. As partículas beta eram emitidas
pelo núcleo atômico com grande variedade energética,
originando uma situação contraditória entre as
leis da conservação da energia, da conservação
do momento e, na ocasião, a teoria recém-criada para a
descrição dos fenômenos de pequena escala na
espaço-tempo: a mecânica quântica. A eliminação
do conflito produziu, entretanto, Neutrino: uma partícula
desprovida de massa e sem carga elétrica, mas portadora de
energia e possuidora de SPIN - uma propriedade das partículas
elementares de difícil descrição.
Decorrente
destas características, o Neutrino é uma partícula
virtualmente indetectável, atravessando as substâncias
quase sem deixar vestígios. Um fato que desafiou o pensamento
racionalista da época, pois dava a impressão de só
existir no pensamento de Pauli. Parodiando a célebre
inferência cartesiana - "penso, logo existo"
- dizia-se "Pauli pensa, logo o Neutrino existe".
Entretanto, o simples fato de pensar pode garantir para Descarte a
sua existência, mas não dá formas de garantir que
ele próprio seja "real". De igual maneira,
a existência do Neutrino, para Pauli ,pode ser uma condição
necessária, mas não é suficiente para que ele
seja "real". De fato, tudo o que se imagina (se
pensa) existe, mas não é, por isso, necessariamente
"real".
O
problema central da atividade científica, a descrição
do "real", através de uma linguagem
adequada (seja o vernáculo, seja a matemática), é
de fato um problema do dia-a-dia de todos os indivíduos, desde
que se reconheça como condição necessária
e suficiente para que qualquer coisa seja "real"
a de que ela possa ser descrita por descritores (pessoas que
descrevem) de forma igual (ou semelhante) por pelo menos três
descritores; uma coisa, um fato ou conhecimento será tão
mais "real" quanto maior for o número de
pessoas que possam descrevê-lo independentemente de forma igual
ou semelhante.
Por
exemplo, o processo da descoberta do Neutrino é semelhante ao
descrito por Cláudio, um menino de cinco anos, instado a
procurar o "peixe invisível" em um
aquário, onde abundavam peixes "visíveis".
Munido do princípio da não penetrabilidade da matéria
que incorporou e apenas lembrou, ao, por várias vezes, nos
seus seis meses de idade, bater a cabeça na parede lateral de
seu berço de madeira e descobrir que não podia
atravessá-la. Cláudio, após alguma observação
e consideração, saiu-se com esta resposta: "Não
consigo ver o "peixe invisível", mas sei
que está aqui (indicando o aquário) entre esta pedra e
esta planta, pois este peixe vermelho e o outro amarelo que eu vejo,
quiseram passar por lá e não conseguiram; só
pode ser por causa do peixe invisível
que estava lá e não deixou que eles passassem".
O
"peixe invisível" será tanto, ou
mais "real", se dois outros, ou mais meninos,
fizerem uma descrição igual ou semelhante à que
foi feita por Cláudio. Para um menino de cinco anos, o
descrito não foi nada mau, já que a primeira detecção
do Neutrino foi feita, há não muitos anos atrás,
através de uma inferência muito semelhante á sua.
Para
atingir seus objetivos, a ciência lança mão
daquilo que é, até agora, a essência do seu
procedimento: A medida. Grandes laboratórios são
construídos para, em condições controladas,
descobrir e reproduzir os fenômenos do microcosmo, medindo-se
com precisão cada vez maior suas características. Com
as medidas, além da descrição qualitativa,
(através do vernáculo) é possível
descrever o fenômeno quantitativamente (através de
modelos matemáticos) e fazer previsões mais exatas do
seu comportamento no espaço x tempo.
O
ultrapequeno decaimento beta radiativo do Neutron, previsto por
Pauli, pode ser esquematizado na forma:
neutron ----> próton + elétron + Neutrino
Foi também
sugerido, a partir das leis de conservação de energia e
de momento e da teoria quântica, o decaimento beta radiativo
inverso. Neste decaimento, o Neutrino interage com, por exemplo, o
núcleo do átomo de Hidrogênio, convertendo o
Próton em Neutron e liberando um Elétron positivo. Esta
antipartícula do Elétron, de mesma massa e carga
elétrica positiva, é chamada de Pósitron e é
criada pela transformação dos raios gama (fótons
de alta energia) em Elétrons e Pósitrons. O decaimento
inverso aparece na forma:
Neutrino + próton ------> neutron + pósitron.
Após a interação,
o Pósitron se une ao Elétron do átomo de
Hidrogênio em transformação inversa, produzindo
radiação gama:
pósitron + elétron ------> dois fótons (raios gama),
onde os Fótons são passíveis de detecção em uma câmara de cintilação.
Por
outro lado, o Neutron pode ser absorvido pelo núcleo do átomo
de Cádmio, também produzindo emissões de raios
gama facilmente detectáveis em câmara de cintilação.
O
reator atômico, reproduzindo as interações de
Irene Curie e Frederic Joliot, pode gerar em cada instante enormes
quantidades de Neutrinos, que atravessam suas paredes e, atingindo o
ambiente, passam ao espaço sideral sem que sejam obstados.
Neutrinos também são gerados em grandes quantidades
pelo Sol e pelas estrelas supernovas, durante o processo de síntese
dos elementos, e se espalham sem serem detectados pelo universo a
fora.
Colocando-se
próximo ao reator nuclear um contador de cintilações
com Tolueno (fonte de Prótons) e Cádmio (absorvedor de
Neutrons), se os Neutrinos forem reais e não apenas existentes
porque Pauli pensa, deverão ocorrer duplas cintilações,
separadas por milionésimos de segundo a cada vez que a reação
inversa do decaimento radiativo beta ocorrer.
As
duplas cintilações, de fato, apesar de bastante
infreqüentes (algumas durante várias horas), ocorrem e
foram descritas, de forma semelhante, por vários pesquisadores
de diferentes laboratórios e em várias circunstâncias,
constatando-se dessa forma, segundo os critérios
estabelecidos, a sua "realidade".
Da
"realidade" das cintilações duplas,
os Físicos do século XX, munidos das leis de
conservação e da teoria quântica, concluíram
que, se ocorrem duplas cintilações, só
pode ser por causa dos Neutrinos produzidos no reator
atômico, que deram origem ao decaimento beta inverso na câmara
de cintilações...!
Assim,
o Neutrino de Pauli, tal como o "peixe invisível"
de Cláudio, será tão mais "real"
quanto mais físicos e meninos (em cada caso) descreverem os
processos que observaram independentemente de forma igual ou
semelhante...!
...aos Oceanos
Nos
oceanos, o problema central das pesquisas também é o de
descrever o "real". As escalas de medida
envolvidas são outras e são bem maiores do que as
utilizadas na procura das partículas elementares. Os oceanos
evoluem ao longo do tempo, enquanto que as partículas
elementares - ao que se sabe estão em constante movimento, mas
permanecem se transformando sem contudo evoluírem. Os oceanos
se movem devido à energia fornecida pelo sol. As partículas
não dependem desta energia para se movimentarem, muito embora
seus movimentos possam ser afetados por ela. As leis de conservação
ainda são aplicadas em comum, mas para os oceanos a mecânica
utilizada é a dos fluídos, enquanto que a das
partículas é a mecânica quântica.
O universo, as galáxias, os planetas, a Terra e os organismos evoluem, as partículas (ao
que
se sabe) não. Elas participam de todos os processos
evolutivos, mas são permanentes, imutáveis. Como sempre
existiram, não tem história, são sempre a
expressão do presente. E não têm futuro:
associadas aos campos (gravitacional, nuclear e eletromagnético
etc.) com os quais estão associadas permanentemente,
simplesmente são.
O
fundo dos oceanos guarda muita informação a respeito da
evolução do nosso Planeta e sua realidade tem
estimulado, desde os primórdios da humanidade, as pesquisas de
pessoas de grande inventividade e espírito que conduziram aos
atuais e incríveis submersíveis de pesquisa.
....submersíveis
A
história dos submersíveis não é bem
conhecida, mas se sabe que ela segue os passos gerais da maioria dos
desenvolvimentos tecnológicos da humanidade. Primeiro, houve a
exploração pelo homem do fundo dos oceanos, através
de mergulhos sem o auxílio de equipamento, o que limitava a
profundidade máxima que poderia ser alcançada em cada
mergulho. Em uma segunda fase , houve o desenvolvimento
de artefatos: o homem se "encapsulou" em veículos
que permitiam a exploração dos fundos por pequenos
intervalos de tempo, com alguma mobilidade e maior alcance. A
utilização pelo homem do novo veículo para matar
seu semelhante e causar destruição corresponde à
terceira fase e permitiu grandes avanços
tecnológicos: grandes tripulações puderam ser
"encapsuladas" por longos períodos e
transportadas em maiores profundidades e a maiores velocidades. O
resultado destes avanços permitiu, na quarta fase
e na atual, que os veículos menores batiscafos, batisferas e
os chamados submersíveis (opondo-se a submarinos) , tripulados
ou acionados por controle remoto, pudessem explorar os oceanos com
mais detalhe e grande autonomia de trabalho.
Ao
que se sabe, a primeira fase começou há
milhares de anos com os mergulhadores em busca de pérolas
marinhas, coleta de esponjas, recuperação de valores em
navios afundados e outros fins, sem a ajuda de instrumentos.
Registros em baixo relevo e desenhos que datam de 480 Ac. indicam a
ocorrência da segunda fase na Antigüidade:
mergulhadores assírios são representados em ação
usando peles de animais infladas com ar ao redor do tórax e
estômago e com tubo de ar com um respiradouro preso à
boca. Muito antes, entretanto, Alexandre da Macedônia (300ac.)
teria sido primeiro imperador a mergulhar num barril de vidro para
admirar o mundo submarino. Cerca de 100 anos antes, registros devidos
a Aristóteles indicam o desenvolvimento do primeiro artefato
de mergulho: um "sino" feito de madeira e mantido
abaixo da superfície por meio de pedras.
Os
registros de novos desenvolvimentos mantiveram-se "mudos"
durante os mil anos seguintes, até 1620, quando se iniciou a
terceira fase do desenvolvimento dos submersíveis:
Cornelius Brebel teria usado um submarino com o rei James I da
Inglaterra à bordo, durante várias horas, no rio
Tâmisa, à profundidade de doze a quinze metros.
Nomes
ilustres da ciência e da tecnologia, como os de Edmund Halley o
mesmo do "cometa Halley" e da definição
dos meridianos terrestres e Robert Fulton inventor da máquina
a vapor, contribuíram à segunda e terceira fases,
respectivamente, do desenvolvimento dos artefatos de mergulho. Halley
desenvolveu o primeiro "sino de mergulho" com
visores de vidro com possibilidades de substituir o ar interior e
chegou a permanecer à profundidade de vinte metros com cinco
mergulhadores durante duas horas. Fulton, no início do século
XIX, construiu os submarinos Nautilus e Mute com objetivos militares
para Napoleão Bonaparte e para os Ingleses. O início
das aplicações bélicas dos submersíveis,
no entanto, pode ser atribuído a David Buchenell, que em 1776
construiu um pequeno submarino de madeira, o Turtle, com intenções
de atacar minas e afundar os navios Ingleses (tendo afundado um). Em
1856, foi construído um submarino com características
próximas às modernas por Bauer, tendo tripulação
de onze homens, propulsão independente e autonomia de sete
horas. O Argonaut First construído por Simon Lake no início
da década de 1890 tinha motor a gasolina, com respiradouro na
superfície através de tubos presos a uma bóia de
superfície e tanques de água recarregáveis para
submersão/imersão e é considerado o primeiro
submarino construído dentro da concepção atual.
... Batiscafos
Submarinos
originados da linha Argonaut First sofreram consideráveis
desenvolvimentos durante a primeira Guerra Mundial e se tornaram
elementos importantes para o início da quarta fase. Em
1930 foi lançada, até a profundidade de 300 metros, a
Bathysphere de William Beebe, uma espécie de submersível
cativo (esfera), iniciador da fase atual, que chegou aproximadamente
100 metros de profundidade em 1934. Beebe era um biólogo que
usava sua Batisfera em suas pesquisas sobre a vida marinha: era mais
um usuário do que um desenvolvedor do instrumento. Suas
proezas, no entanto, chamaram a atenção de August
Piccard, um Físico interessado em raios cósmicos e que
para isso desenvolveu um balão estratosférico para suas
pesquisas. Os progressos de Piccard, das altas estratosferas para as
grandes profundidades, só foram interrompidos pela segunda
Guerra Mundial à cerca de 40 anos atrás. Durante este
período, um oficial da marinha francesa chamado Jacques
Costeau produziu a primeira válvula reguladora da demanda de
ar de mergulho livre com "aqualungs", o que
revolucionou o campo dos mergulhos de natureza recreacional, de obras
de engenharia costeira e outros. Depois da guerra, que demonstrou
mais uma vez o poder de destruição e matança dos
artefatos submarinos Piccard obteve vários auxílios do
Governo Francês, que lhe permitiram a construção
dos batiscafos FNRS-2 e FNRS-3 e descer à profundidade de 4500
metros em junho de 1954, no mar Mediterrâneo.
Com
seu filho Jacques Piccard, Auguste conseguiu auxílio do
Governo Suíço e da indústria Italiana para
projetar e construir o batiscafo Trieste que, comprado e aperfeiçoado
pela Marinha Americana, lhe permitiu em 23 de junho de 1960 atingir a
maior profundidade oceânica (cerca de doze mil metros) nas
fossas das Marianas.
Com
estas magníficas conquistas, estava solidamente estabelecida a
quarta fase do desenvolvimento dos submersíveis que,
desde então, se multiplicaram ao redor do globo desenvolvido,
com propósitos e desenvolvimentos tecnológicos dos mais
variados. Ver Apêndices I e II.
...
o BATIUSP
O
BATIUSP ao que se sabe, o primeiro desenvolvimento de artefatos de
mergulho dos países em desenvolvimento se deu durante o First
GARP Experiment (FGGE - Primeira experiência Global do GARP -
Global Atmospheric Research Programme) em 1979, que teve como
objetivo recuperar dados científicos relativos às marés
oceânicas, nos rochedos de São Pedro e São Paulo,
Atlântico Equatorial, perdidos à profundidade de cem
metros. Deste programa internacional participaram os navios
oceanográficos "Prof. W. Besnard" da USP e
"Almte Saldanha" e "Almte
Câmara", da Marinha Brasileira.
Durante
a recuperação do marégrafo (medidor das
oscilações do nível do mar devido às
marés), a bóia que sinalizava a posição
do equipamento, depositado no fundo do mar cerca de três meses
antes, soltou-se, deixando irrecuperáveis o marégrafo e
preciosos dados para o conhecimento da circulação
oceânica equatorial. Tal conhecimento é de significativa
importância para o entendimento do clima do Norte e Nordeste
brasileiros. Na impossibilidade de mergulho livre com os
"aqualungs" de Costeau, pois as águas
locais são infestadas por tubarões, aliado ao longo
tempo previsto para o mergulho e tendo em vista os altos custos
operacionais de mergulhadores e câmaras de descompressão,
a idéia de construção de um batiscafo para a
recuperação dos dados surgiu, floresceu e foi aprovada
nos testes realizados.
O
BATIUSP, projetado pelos Físicos Paulo Mancuso Tupinambá
e José Mário Conceição de Souza, foi
construído pela industria paulista, pelo Instituto de
Pesquisas Tecnológicas e pelo Instituto Oceanográfico
da USP, sendo financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos
(FINEP) e pelo BANESPA.
O
BATIUSP foi construído em aço inoxidável, com
forma cilíndrica, tampos rebordeados, dois visores de
acrílico, respiração em circuito fechado com
filtro em dióxido de carbono (CO2), manômetro
regulador de pressão interna, sistema telefônico para
comunicação com a superfície através de
cabo eletromecânico de sustentação, autonomia de
quatro horas de operação a uma profundidade máxima
de 100 metros, lastro de chumbo com liberação interna
que permite que o batiscafo retorne livremente à superfície
em caso de emergência, operação através de
pau-de-carga, e foi projetado para um operador, (um mergulhador).
Os
testes do BATIUSP foram realizados, com o "NOc. Prof. W.
Besnard" da USP, nos dias 24 e 25 de novembro de 1979, na
plataforma do Estado de São Paulo, até a profundidade
de 200 metros sem operador, e nas proximidades da ilha de Alcatrazes,
até a profundidade de 30 metros, durante duas horas, com o
operador. Foram realizados testes de soltura do lastro para
recuperação de emergência, sistema de
comunicação, eficiência do observador de CO2
, operacionalidade a bordo com o pau-de-carga, sendo todos
considerados satisfatórios.
O
BATIUSP é um batiscafo que incorpora muitos desenvolvimentos
tecnológicos dos grandes Batiscafos e segue o conhecido perfil
histórico que permite ao mundo subdesenvolvido queimar etapas
( a segunda e terceira fases), colocando-se na quarta fase
da história dos artefatos submersíveis, sem pagar ônus
das incertezas e fracassos que intermearam os desenvolvimentos
tecnológicos pioneiros.
...
a queima de etapas
Tal
queima de etapas, entretanto, parece ser quimérica. Os
sentimentos de preservação da vida por exemplo, dos
quais resultam os anseios de "paz global", são
inerentes à crença de que é possível
determinar (manipular) o destino coletivo. Tal crença é
contraditada pelos exemplos do dia-a-dia em que as pessoas são
obrigadas a nascer, procriar, descrever, pensar e.... morrer sem que
possam autodeterminar o processo. A queima de etapas, a julgar por
estes exemplos, é pois ainda impossível de alcançar,
pois está aparentemente associada a dinâmica da qual não
se tem o comando, muito embora seja bastante agradável pensar
que não é bem assim.
O
BATIUSP não pode ser utilizado nos Rochedos de São
Pedro e São Paulo em virtude de condições de mar
inadequadas, durante o período de operação do
"Prof. W. Besnard" na área. Assim, os
dados que se pretendia recuperar foram considerados perdidos. No
momento, ele se encontra no IOUSP, onde está a visitação
Pública. Resultaram dos esforços realizados no seu
desenvolvimento, conhecimentos que são utilizados atualmente
por firma do Rio de Janeiro na construção de vários
veículos submersíveis, incluindo um mini-robot
submarino que foi como beneficiária direta a pesquisa e
prospecção de petróleo realizada pela PETROBRÁS
na plataforma continental.
De
acordo com contrato entre a CONSUB (Consultoria Submarina Ltda) e a
PETROBRÁS, foi construido a USAR (Unidade Submarina de
Ativação Remota) planejada para operar até
profundidade de 1100 metros, que permitiu a inspeção
indireta das plataformas de Petróleo "off-shore",
através de vídeo, bem como efetuar medidas diretas dos
efeitos da corrosão e outras operações.
Outro
projeto, envolveu a construção do Mergus, um veículo
para um operador, pesando cerca de 700 Kg, construído em
alumínio, que permitiu a inspeção direta das
construções e trabalhos submarinos até a
profundidade de 500 metros. Aliado ao seu baixo peso, seu baixo custo
previsto coloca ao alcance das universidades, pequenas firmas e mesmo
esportistas qualificados a possibilidade de pesquisar, explorar o
fundo do mar de toda a plataforma continental brasileira, até
antes nunca sonhada e permitindo, entre outras coisas, a efetiva
exploração e ocupação do mar territorial
brasileiro, na sua zona econômica exclusiva até 200
milhas náuticas da borda continental.
Em
plena quarta fase dos submersíveis, os organismos e
instituições de pesquisa nacionais poderão
utilizá-los em variada gama de aplicações na
Biologia Marinha, na Oceanografia Biológica, na Geologia
Marinha e outras, possibilitando uma rápida e precisa
descrição do "real" da plataforma
continental abrangida pelo mar territorial Brasileiro. Ver Apêndices
I e II.
...finalizando
Ao
nível da comunidade nacional, não há porque ser
omitida deliberadamente do processo de construção, a
terceira fase do desenvolvimento dos artefatos submarinos,.
Tal como, no plano individual, Cláudio, dolorosamente
incorporou o conceito de não penetrabilidade da matéria,
batendo com a cabeça na madeira do berço e o usou,
juntamente com o conceito de causa e efeito, que incorporou em alguma
outra ocasião, para descrever a "realidade"
do "peixe invisível"; tal como no caso de
Pauli, que incorporou as leis de conservação e as usou
com a teoria quântica para descrever a "realidade"
do Neutrino; no plano coletivo, as comunidades parecem ter
desenvolvido forma de incorporação coletiva de
conceitos, através da descrição do
"Real", que delimitam sua identidade e, sem os
quais elas parecem, desaparecem ..., por descreverem a realidade (o
"Real", como foi adotado, é conceito do
coletivo , pertence ao coletivo, com "média",
"distribuição" e
"variância", avaliadas através de
descrições individuais próprias), de forma
incompatível com a preservação de sua unidade.
As
"comunidades" dependem para sua sobrevivência,
da exata descrição da "realidade".
Se sobrevivem, ao longo do tempo é porque a
"realidade" é, pelo menos nesse tempo,
única. Dessa forma, sendo única, é desprovido de
sentido não se seguir as fases do processo que levam à
descrição de uma "realidade", que
se supõe única, pois elas fazem parte, de um processo
inexorável do qual não se tem o comando.
Formas
distintas de descrição da mesma "realidade"
e uma aparente necessidade "cósmica "
(na falta de outra palavra para descrevê-la ) interna de
defendê-la e mesmo de impô-la, levam ao morticínio
das Guerras entre "comunidades", o que é
certamente incompreensível. Nas guerras, deve ser realçado,
desta, ou de outra forma, a "Vida" tem sido
sempre a única sobrevivente, pois, com o auxílio dos
indivíduos ela tem sido transferida, de geração
a geração, através de meios dos quais também
não se tem o comando.
Meios
de que também não se tem o comando são os
que permitem definir média, distribuição e
variância do "real" por uma
"comunidade". Essas são variáveis
da realidade , inerentes à descrição do
"real" pelas comunidades. Decorrem dessas
descrições os conflitos dos quais, nas comunidades,
apenas a "Vida" tem sobrevivido. Uma conjectura
que, em decorrência pode ser feita, é a de que, até
os dias de hoje, parece ser de interesse da
"sobrevivência" da "Vida"
que as "comunidades" não se encontrem na
exata descrição da realidade.
Deste
exâme, terminamos com o reconhecimento de algo como, a
"aparente necessidade cósmica" de
defender a descrição do "real", por
parte dos indivíduos e das comunidades, acima referidas, que
será abordada em uma outra ocasião.
Agradecimentos:
Ao Professor Doutor Kamal, A. R. Ismail da Unicamp pela consultoria prestada. A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Ao banco Banespa e ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) que financiaram a construção do equipamento e FAPESP pelo apoio dado no Cruzeiro do Noc. Prof W. Besnard aos Rochedos de São Pedro e São Paulo no Atlantico Equatorial.
Bibliografia
1.
Submersibles and their use in Oceanography and ocean engineering
(1977) - Elsevier Oceanography Series, Ed Richard A Geyer, Amsterdam,
383p.
2.
Manned Submersibles (1976) - R. Frank Busby, Office of the
Oceanographer of the Navy, USA Navy, 76p.
3.
Batiusp, construção e testes (1980) - não
publicado. - Biblioteca do Instituto Oceanográfico da USP , cp
9075, São Paulo, SP, 43p.
Mini-sub and RCVs (1987). Ocean Industry, USA, April, 206p.
APÊNDICE
I
Usos
dos batiscafos e submersíveis em Oceanografia
usos
biológicos:
Zonação lateral e vertical de recifes com grande detalhamento dos eventos da comunidade biológica, possibilitando uma descrição precisa da composição da fauna de zonas toxonômicas específicas. Espécies selecionadas podem ser coletadas com o objetivo de confirmação da identificação ou porque se deseja preservar um elemento representativo da espécie.
Pode
ser realizado um estudo "in situ" da distribuição
para estudos taxinômicos; determinar o movimento dos organismos
bentônicos na velocidade de deslocamento; estudar com detalhe a
resposta dos organismos às mudanças das correntes;
padrões de sedimentos bem como variações
sazonais de temperatura e salinidade. Estudar a fauna associada às
áreas polares das regiões polares. Fazer estudos sobre
bioluminicência e muitos outros que a experiência
particular de cada grupo de pesquisa sugerir.
pesca:
Coleta
de coral preto e vermelho até profundidade de 330 metros;
identificação e exploração de espécies
de peixes a profundidade de 700 a 1000 metros, onde a penetração
de luz solar é praticamente nula; identificação
e exploração de espécies de caranguejos a
profundidade maiores do 200 metros. Determinação dos
locais de habitação e migração dos
camarões e lagostas de mar profundo. Lançamento de
redes para captura. Estudos da cadeia alimentar dos organismos
nectônicos de mar profundo. Detecção de cadurmes
sem deslocamento e transmitir sua posição, velocidade
de deslocamento, tamanho, espécie etc. aos barcos de captura.
Identificação e escolha de áreas para melhor
realização de arrastos.
usos
em geologia:
Na
descrição das características do fundo do mar,
"canions" submarinos, marcas de superfície
dos sedimentos, recifes etc. no estudo dos processos dinâmicos
próximos ao fundo; correntes de turbidez; sedimentos em
suspensão; ondas de areia; medidas de fluxo de calor; água
de sedimentos; macro e micro batimetria; coleta e estudos da
distribuição de nódulos de manganês;
distribuição, características e classificação
de fluxos de lavras; efeitos das correntes de marés na erosão
e formação dos "canions"
submarinos; hidro-carbonetos de ocorrência natural; recifes.
usos
em geofísica:
Na
colaboração dos estudos sísmicos de mar
profundo; na exploração do óleo e gás das
plataformas continentais; na deposição e usos de
instrumentos Geofísico; gravímetros, magnetômetros,
etc.
usos
em física:
Nos
estudos da camada de fundo associados ao fenômeno das marés
e das correntes de marés. Lançamento de correntômetros,
marégrafos etc.
usos
em química:
Na
amostragem dos sedimentos de fundo na zona de transição
entre a base da coluna dágua e os sedimentos não
consolidados. Estudos de poluentes. Nódulos de manganês
etc.
...
usos em engenharia oceânica:
No
monitoramento e inspeção de oleodutos e cabos de
comunicações. Reparos e manutenção de
equipamentos submersos. Minas submarinas, construção e
operação. Estudos geotectônicos dos sedimentos
submarinos.
...
usos em salvamento:
Nos campos oceânicos de produção de petróleo; de navios afundados; de aviões e outros veículos. Recuperação de bomba atômica etc.
APÊNDICE II
Veículos submersíveis até
1979
MODELO |
CONSTRUTOR |
PROPRIETÁRIO |
ANO DE LANCA MENTO |
PROFUN DIDADE |
TRIPULAÇÃO |
STATUS |
Aluminaut |
Gen. Dynamics Groton, conn. |
Reynolds Intern. Richmond, Va. |
1964 |
5.000 |
6 |
Inativo |
Alvin |
General Mills Inc |
Marinha USA |
1964 |
3.900 |
3 |
Operacional |
Aquarius I |
HYCO ndash; Vancouver, B.C. |
PO Intersubs |
1973 |
396 |
3 |
Operacional |
Archimede |
Marinha Francesa |
Marinha Francesa Toulon |
1961 |
12.000 |
3 |
Operacional |
Asherah |
Gen. Dynamics Groton, conn. |
Technoceans New York city |
1964 |
198 |
2 |
Inativo |
Auguste Piccard |
Giovanola Bros. Monthey, Switzerland |
Horton Maritime Expl. Vancouver, B.C. |
1963 |
825 |
45 |
Operacional |
BATIUSP |
IOUSP, Brasil |
Univerdidade de São Paulo |
1979 |
200 |
1 |
Destivado |
Beaver |
North Amer., Rockewell, Sea Beach, Ca |
International Underwater Contractors, N.Y. |
1968 |
660 |
4 |
Operacional |
Ben Franklin |
Giovanola Bros. Monthey, Switzerland |
Horton Maritime Expl. Vancouver, B.C. |
1968 |
660 |
6 |
Fora de uso |
Benthos V |
Lear Siegler, Inc Deep River Conn |
Garrison 8 Divers Seattle Wash |
1963 |
198 |
2 |
Fora de uso |
Chihiro |
Kawasaki Heavy Ind. Tokio |
Governo Japones |
1975 |
54 |
6 |
Experimental
|
Deep Diver |
Perry Submarine Rivera Beach Fla |
Marine Sciences Ctr. Ft.Pierce, Fla. |
1968 |
455 |
4 |
Em exposição |
Deep Jeep |
U.S. Naval Ord. Test Sta. China Lake, Ca. |
Scripps Inst. Ocean La Jolla, Ca. |
1964 |
660 |
2 |
Desmontado |
Deep Quest |
Lockheed Missiles Space Corp. Sunnyvale, Ca. |
Lockheed Missiles Space Corp. Sunnyvale, Ca. |
1967 |
2.640 |
4 |
Operacional |
Deepstar 2000 |
Westinghouse Elec. Corp. |
Westinghouse Ocn. Res. Eng. Ctr. Annapolis, Md |
1969 |
660 |
3 |
Fora de uso |
Deepstar 4000 |
Westinghouse Elec. Corp. |
COMEX Marseilles |
1965 |
1.320 |
3 |
Operacional |
Deep view |
Marinha USA |
Marinha USA
|
1971 |
660 |
2 |
Operacional |
DOWB |
Gen. Mtrs. Corp. Sta Barbara, Ca. |
Friendship, S.A. Miami, Fla. |
1968 |
1.485 |
3 |
Operacional |
DSRV 12 |
Lockheed Missiles Space Corp. Sunnyvale Ca. |
Marinha USA |
1970 1971 |
1.155 1.650 |
27 |
Operacional |
FNRS-2 |
Auguste Piccard Lausenne, Switz. |
Marinha Francesa |
1948 |
4.455 |
2 |
Fora de uso |
FNRS-3 |
Marinha Francesa |
- |
1953 |
4.500 |
2 |
Reconfigurado p/ Fnrs 2 até 1960 |
GLOUBE |
COMEX Marseilles
|
- |
200 |
- |
Operacional |
|
GOLDFISH |
Burt Dickman Auburn, Ind |
Desconhecido |
1958 |
33 |
5 |
Desconhecido |
GRIFFON |
French Naval Constrution Yard Brest |
Marinha francesa |
1973 |
650 |
3 |
- |
GUPPY |
Sun Shipbuilding Dry Dock Co. chester, Pa. |
Sun Shipbuilding Dry Dock Co. chester, Pa. |
1970 |
330 |
2 |
Inativo |
HAKUGEI |
HEIWA Kosakusho Osaka, Japan |
Tokai Salunge Co. Toba, Japan |
1961 |
200 |
6 |
Inativo |
HAKUYO |
Kawasaki Heavy Ind. Tokio |
Sumimoto Shoji Kaisha, LTDA Tokio |
1971 |
310 |
4 |
Operacional |
HIKINO |
U.S. Naval Weapons Center China Lake, Ca. |
U.S. Naval Weapons Center China Lake, Ca. |
1966 |
7 |
2 |
Não operando Experimental |
HUMUKAHI |
Oceanic Institute Makapuu, Hawaii |
Oceanic Institute Waimanalo, Hawaii |
1969 |
90 |
2 |
Em exposição |
KUROSHIO I |
Japan Steel Tube Corp. Tokyo |
Univ. of Hokkaido Hokkaido, Japan |
1951 |
114 |
3 |
Aposentado |
KUROSHIO II |
Japan Steel Tube Corp. Tokyo |
Univ. of Hokkaido Hokkaido, Japan |
1960 |
214 |
4 |
Não operando |
MAKAKAI |
U.S. Navy |
Marinha USA |
1971 |
198 |
2 |
Não operando |
MERMAID I/II |
Bruker-Physik, A.G. Karlsruhue, West Ger. |
International Underwater Contractors N.Y. |
1972 |
324 |
2 |
Operacional |
MERMAID III/IV |
Bruker-Physik, A.G. Karlsruhue, West Ger. |
Bruker-Physik, A.G. Karlsruhue, West Ger. |
1974 |
200 |
2 |
- |
MINI DRIVER |
Great Lakes Unverwater Same Sports Elmwood Park, III |
- |
1968 |
82 |
2 |
Não operando |
MOANA I |
- |
COMEX Marseilles |
- |
435 |
- |
Operacional |
MOANA II |
- |
COMEX Marseilles |
- |
435 |
- |
Operacional |
NAUTILETTE |
Nautillete Inc. Ft. Wayne, Ind |
Mr.D.Haight Warrensville, III |
Ca. 1964 |
33 |
1 |
Operacional |
NAUTILETTE |
Nautillete Inc. Ft. Wayne, Ind |
Nautilette Inc. Mr.C. Russner Nashiville, Mich |
Ca. 1964 |
33 |
2 |
Operacional |
NEKTON A,B,C |
Nekton, Inc. San Diego, Ca. |
Gen.Oceanographics San Diego, Ca. |
1968/70/71 |
330 |
2 |
Operacional |
MEMO |
Marinha Americana |
Marinha USA |
1970 |
198 |
2 |
Operacional |
NEREID 330 |
Neired nv. Schie- dmam, Holland |
Dutch Submarine Services Amsterdam |
1972 |
100 |
3 |
Operacional |
NEREID 730 |
Neired nv. Schie- dmam, Holland |
Dutch Submarine Services Amsterdam |
- |
231 |
4 |
Operacional |
NR-1 |
Gen. Dyn. Corp. Groton, Conn. |
Marinha USA |
1969 |
- |
7 |
Operacional |
OPSUB |
Perry Sub. Builders Riviera Beach, Fla |
Ocean Sys.,Inc. Reston, Va. |
1972 |
660 |
2 |
Inativo |
PAULO I |
Anautics Inc. San Diego, Ca. |
SAME |
1967 |
198 |
2 |
Transformado |
PC3-A (12) |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Força Aérea USA Marinha USA |
1964 1966 |
99 |
2 |
Fora de uso |
PC3-B |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
International Under- water Contractors ndash; NYC, New York |
1963 |
198 |
2 |
Fora de uso |
PC3-X |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Univ. of Texas Austin, Tx. |
1962 |
50 |
2 |
Operacional
|
PC5-C |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Sub Sea Oil Services SPA ndash; Milão Italia |
1968 |
396 |
3 |
Operacional |
PC8-B |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Northern Offshore Ltd - Londres |
1971 |
204 |
2 |
Operacional |
PC-1201 |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Northern Offshore Ltd - Londres |
1975 |
330 |
2 |
Operacional |
PC-1202 |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Northern Offshore Ltd - Londres |
1975 |
330 |
5 |
Operacional |
PC-1401 |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Texas A M Univ. College Station Tx. |
1974 |
396 |
2 |
Operacional |
PC-1402 |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Mrinha ndash; USA |
1975 |
396 |
2 |
Operacional |
PHOENIX 66 |
Sub Sea Oil ndash; Services - SPA Milão ndash; Itália |
- |
- |
396 |
2 |
Desconhecido |
PISCES I |
HYCO
|
Vickers Oceanics Ltda ndash; Barrow- Furness, Eng. |
1965 |
396 |
2 |
Operacional |
PISCES II |
HYCO
|
Vickers Oceanics Ltda ndash; Barrow- Furness, Eng. |
1968 |
850 |
3 |
Operacional |
PISCES III |
HYCO
|
Vickers Oceanics Ltda ndash; Barrow- Furness, Eng. |
1969 |
1188 |
3 |
Operacional |
PISCES IV |
HYCO
|
Dept of Environment Victoria, B.C. |
1971 |
- |
3 |
Operacional |
PISCES V |
HYCO
|
P O Enviranment Vancouver, B.C. |
1973 |
1145 |
3 |
Operacional |
PISCES VI |
HYCO
|
Acad. Ciências Vancouver, B.C.
|
1975 |
2145 |
3 |
Operacional |
PISCES VII |
HYCO
|
Acad. Ciências Vancouver, B.C. |
- |
2145 |
3 |
Operacional |
PISCES VIII |
HYCO
|
Vickers Oceanics Ltda ndash; Barrow- Furness, Eng. |
- |
2145 |
3 |
Operacional |
PISCES X |
HYCO
|
HYCO Subsea, Ltd. Vancouver, B.C. |
- |
2145 |
3 |
Operacional |
PISCES XI |
HYCO
|
Vickers Oceanics Ltda ndash; Barrow- Furness, Eng. |
- |
2145 |
3 |
Operacional |
PS-2 |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Sub Sea Oil Services SPA ndash; Milão Italia |
1972 |
338 |
2 |
Operacional |
QUESTER 1 |
Deep Sea Techniques Brooklyn ndash; NY |
SAME |
1972 |
214 |
2 |
Inativo
|
SDL-1 |
HYCO
|
Canadian Forces Halifax ndash; N. Scotia |
1970 |
660 |
6 |
Operacional |
SEA CLIFF |
Gen. Dynamics Groton, Conn. |
Marinha USA |
1968 |
2145 |
3 |
Operacional |
SEA EXPLORER |
Sea Line Inc. Brier, Wash |
- |
- |
198 |
2 |
- |
SEA OTTER |
Anautics Inc. San Diego, Ca |
Candive Ltd. Vancouver, B.C. |
1971 |
495 |
3 |
Operacional |
SEA RANGER |
Verne Enginee- ring Mt. Clemens Mich |
- |
1972 |
198 |
4 |
Operacional |
SEA RAY |
Submarine Res. Dev. Corp. Lynnwood Wash |
- |
1968 |
330 |
2 |
Operacional |
SHELF DIVER |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Desconhecido |
1968 |
264 |
4 |
Operacional |
SHINKAI |
Kawasaki Heavy Ind. ndash; Kobe, Jp. |
Agência Japonesa Marítima ndash; Ag. de Segurança, Tohio, Jp |
1968 |
641 |
4 |
Operacional
|
SNOOPER |
Sea Graphics Inc. Torrance, Ca. |
1969 |
330 |
2 |
Operacioanl |
|
SP-350 |
Office Francais Recherches Sous Marine Marseilles |
Campagnes Oceano- Graphique Francaises (COF) Monaco |
1959 |
445 |
2 |
Operacional |
SP-500 |
Sud Aviation Franca |
COF - Monaco |
1969 |
541 |
1 |
- |
SP-3000 |
Centre IEstudes Marine Avancees (CEMA) Marseilles |
CNEXO Paris |
1970 |
3327 |
3 |
Operacional |
SPORTS-MAN 300 |
American Sub. Co. Lorain, Ohio |
Vários |
1961 |
99 |
2 |
Desconhecido |
SPORTS-MAN 600 |
American Sub. Co. Lorain, Ohio
|
Vários |
1963 |
198 |
2 |
Desconhecido |
STAR I |
Gen. Dynamics Groton, Conn |
Phila Maritime Mues Phila Pa. |
1963 |
66 |
1 |
Em Exposição |
STAR I I |
Gen. Dynamics Groton, Conn |
1966 |
396 |
2 |
Operacional |
|
STAR I I I |
Gen. Dynamics Groton, Conn |
Scripps Inst. Of Oceanog Lajolla Ca. |
1966 |
660 |
2 |
Fora de uso |
SUB-MANAUT (Helle) |
Helle Engineering San Diego |
- |
1963 |
66 |
2 |
Fora de uso |
SUB-MANAUT (Martine) |
Martines Diving Bells San Diego, Ca. |
Submarine Services Coral Gables, Fla. |
1956 |
198 |
6 |
Fora de uso |
TADPOLE-1 |
Mitsui Shipbuil- Ding Engineering Co. Ltd ndash; Tokyo Jp |
Mitsui Ocn. Development Engineering Co. Ltd ndash; Tokyo Jp |
1972 |
108 |
2 |
Inativo |
TOKAI |
Heiwa Kosakusho Osaka, Jp |
Toba ndash; Japão |
1954 |
216 |
2 |
Inativo |
TOURS 64 |
Maschinenbau Gabler GmbH West Germany |
Kuofeng Ocean Dev. Corp. Taipei, Taiwan |
1971 |
324 |
2 |
Operacional |
TOURS 66 |
Maschinenbau Gabler GmbH West Germany |
Sarda Estracione Lavorazione Gagliari, Sardinia |
1972 |
324 |
2 |
Operacional |
TRIESTE I |
Auguste Piccard Trieste, Itália |
Marinha USA |
1953 |
11880 |
3 |
Em Exposição |
TRIESTE II |
Mare Island Shipyard ndash; Mare Island, Ca. |
Marinha USA |
1964 |
6600 |
3 |
Operacional |
TS-1 (SURVEY SUB 1) |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
P O Subsea (UK) Ltda ndash; London. |
1970 |
- |
3 |
Operacional |
TURTLE |
Gen. Dynamics Groton, Conn. |
Marinha USA |
1968 |
445 |
3 |
Operacional |
URF |
Kockums Malmo, Sweden |
Marinha Sueca |
- |
498 |
25 |
Desconhecido |
UZUSHIO |
Nippon Kokankk Tokyo |
Marinha Sueca |
1973 |
217 |
2 |
Inativo |
VASSENA
|
Mr. G. Vassena Torino, Itália |
Marinha Sueca |
1948 |
440 |
2 |
Afundou |
VIPER FISH |
Mr. Don Taylor Atlanta, Ga. |
Marinha Sueca |
1969 |
330 |
2 |
Desconhecido |
VOL-L 1 |
Perry Sub. Buildersndash; Riviera Beach, Fla. |
Vickers Oceanics Ltd. Barrow-Furnee |
1973 |
396 |
4 |
Operacional |
YOMIURI |
Mitsubishi Heavy Ind. Kobe, Jp |
Yomiuri Shimbu News-paper Tokyo |
1964 |
320 |
6 |
Desativado |
Figura 1
Figura 2
Figura 3